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sexta-feira, 11 de abril de 2008

Reflexão entre séries.

Ela apreciava a maldade e o ostracismo.
Eu, a bondade e a entrega.
Eramos astrologicamente compatíveis, mas em tempos e circunstâncias diferentes.

Um karma diferente: na hora de reencarnar, metade do meu espírito nasceu doze anos antes da outra. Uma em um corpo feminino com atitudes masculinas e a outra em um corpo masculino com atitudes femininas, ou seja, esse que agora escreve. Todo o mal que me acostumei a fazer com os outros nas vidas passadas, agora, a metade minha que está no outro corpo - o feminino - faz com essa outra metade que está nesse meu corpo masculino.

Oxumarê, meu santo de cabeça, tem também dois sexos. Tenho uma vida bifurcada, mas cheia de certezas irrecorríveis. Dúbias! Amor e ódio, euforia e depressão... Mas irrecorríves.

Agora a metade mais nova espera a mais velha todo dia no ponto de ônibus. Ela olha pro infinito, não ve nada e volta pra casa com a esperança de um dia não ter mais esperança.

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Olhando Pra Grama