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sexta-feira, 28 de março de 2008

A lua e o sono...


O desequilíbrio bioquímico de certa região do meu aparelho psíquico, gera sonhos muitos mais tristes, talvez por serem sonhados de olhos abertos.
E então hoje eu ia saindo e vi na porta do elevador, riscado à chave:
- Hoje a lua cai, você vai estar dormindo.
E eu sei que foi ela, mesmo que não tenha sido.
- Dormiria, se você não me tivesse roubado o direito de ter sono.
Eu respondi, mentalmente.
Mais tarde, olhando pra porta, vi outra frase que dizia que as coisas melhorarão. Como não tenho certeza, esta semana vou ao psiquiatra. Cigarros e Lexotan, prefiro evitar. Vou pedir por antidepressivos.


domingo, 23 de março de 2008

Princípio da relatividade...

Pra quem é muito intenso, o tempo é outro. Um dia pode passar em um segundo e em seis minutos já se foi um ano. Já cheguei a tomar dez decisões e três cervejas, em menos tempo do que se lava uma louça. Quando acabo de ver um filme, tenho a impressão de que já está de noite. Quando corto o dedo, parece que perdi um braço e quando gosto, é tudo menos isso. Eu amo, eu Amo... Tem dias em que olho através da janela, com a testa pressionada no vidro, vejo os carros e as pessoas na São João... A vida passa, o tempo passa, tudo passa. Mas ai olho o relógio e os ponteiros ficam lá, rindo da minha cara, passeando devagar. Perguntam-me por que a pressa. Eu pergunto de volta: "o Sol já não fez a parábola?". Pra física é só questão de referência. Pra vida também. A meu ver ele já deu várias voltas, mas pros ponteiros do relógio, não...
Mês passado vivi meia vida, já tenho dor nas costas e todo o desânimo de quem acordou, tomou café e resolveu voltar pra cama. Mas decidi ser feliz.

terça-feira, 18 de março de 2008

Sobre o valor do agora.



No filme “Inteligência Artificial”, o menino andróide trava uma saga onde seu único e maior objetivo é achar sua mãe, que o deixou. Depois de todos os tormentos e dificuldades, em um futuro bem distante, robôs muito avançados oferecem ao pequeno andróide a possibilidade de passar somente um dia com a sua mãe e ao fim desse dia, nunca mais poderá vê-la. O menino fica muito feliz e passa esse dia com ela.
Já eu me pergunto: será que vale a pena?...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Máscara.



Então eles, com suas máscaras, se encontraram.
Um pouco deu-se, se envolveram.
Um pouco passa, se provaram.

Sem as máscaras, esfriaram.
Sem ser si, só assim servia.
Sendo si só, isso não dava.

Ficar ali, ela queria,
de máscara,
só de máscara.
Mas de máscara ele não queria.
Ela,
queria nada.

Foi ele embora, sem sua máscara.
Ficou lá, ela, desmascarada.
Serviu pra ver que não havia,
nada além,
que só falava.

Amor de bom, não existia.
Máscara, máscara, somente máscara...
 
Olhando Pra Grama