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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sobre Viagens e Dados

De seis lados, cada um: o primeiro em minha mão, o segundo na sua. A viagem ainda vai durar trinta minutos e acho que é tempo o suficiente para refletir. A gente já usou a boca pra rir e pra chorar. A gente já achou que entendeu tudo, jogou a teoria à prova e provou o contrário. Os dias amargos ainda existem e a essa altura parece mais claro: a ordem das coisas deve ser mais descontínua do que linear. Meus futuros cachorros não morrerão sempre que apresentarem os sintomas do último. O Flamengo não perdeu aquele jogo porque eu estava com o chinelo errado. A Luana também tinha essa falha na sobrancelha, mas não acho que você vá me deixar esperando no metrô de Botafogo. Confiar em alguém não irá sempre resultar em perda de tempo e energia. De qualquer forma, se você olhar através da janela à sua esquerda vai ver que mais cinco minutos se passaram, e eu não realmente acho que poderiam ter sido melhores. Ainda que em vinte e cinco minutos você vá pra lá e eu pra onde. Acho também que repensei minha posição a respeito do tempo pra refletir sobre tudo isso: ele é demais. A gente vai chegar às conclusões pensadas, às relações lineares ou descontínuas, à besteira ou à beleza do que poderia vir a ser... E, no fim das contas, eles continuam com seis lados, um em minha mão, outro na sua, e a gente tem que decidir se quer ou não lançá-los. O resultado vai de dois a doze e, sinceramente, eu não me importo. Proponho puxarmos a corda, nos equilibrarmos enquanto pára, e descermos agora.
 
Olhando Pra Grama