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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Solidão Consentida


Às vezes, no Orkut, olho o perfil de uma pessoa que nunca vi na vida, saio dele, e nunca mais o vejo. O que sobra é a sensação de que deixei escapar uma experiência ímpar com alguém, e que essa pessoa não teria como saber disso, nem se eu tentasse convencê-la do mesmo. Às vezes paro e penso, também, que à minha volta, por dia, passam dezenas, centenas, ou até milhares de pessoas, com diferentes personalidades, histórias, e momentos de vida. Isso inclui onde meu olhar alcança e também onde não alcança. Pessoas que guardam uma infinidade de destinos diferentes para minha vida, e para a vida delas, se ao menos um de nós se arriscasse a dizer “oi”. Mas nós passamos em fluxo, isolados pelos pensamentos, pelo som do MP3 player, e pelas convenções sociais que nos tiram o direito de abordar e ser abordado, sem algum motivo aparente. Isso quando não acontece o pior: por elas – as convenções -, somos mutilados durante toda a vida, até que chega o dia em que não abordamos as pessoas, mas não por meras regras de etiqueta, ou qualquer lídima defesa, mas pela mais pura e sincera falta de interesse no outro. Por essas e outras, tenho dificuldade de enxergar a possibilidade de viver uma vida, por vinte ou trinta anos, sem a presença dos cigarros de filtro vermelho, do álcool em copos de 360 ml, e das locadoras de bairro, nas sextas-feiras à noite.

9 comentários:

Gabi Vacaro disse...

Sim, as vezes enquanto ando na rua penso em mais ou menos isso. Eu penso que cada pessoa que passa por mim é um individuo, pra mim é só uma pessoa, uma imagem a mais no meu dia, e pra ela eu tbm sou isso, mas ela tem uma vida, problemas, familia, sonhos, todo um universo único ao redor dela, acho estranho hsuiahsias :)

Seus posts sempre me fazem pensar :)
Feliz Natal =*

www.icouldbepurple.blogspot.com

Jozieli disse...

Não se ausente Igor! Tome nota que isso foi um puxão de orelha.
Poucas - raríssimas - pessoas despertam em mim a falta, e sinto ela aqui.

Adorei a reflexão e o desfecho dela.

*Raíssa disse...

Eu sou uma dessas pessoas que evita contato com outra desconhecida na rua, sempre ando com meu mp3 no ouvido para evitar que um chato venha puxar assunto. Mas e se ele não for chato? Sempre penso nisso também, mas continuo fazendo as mesmas coisas.

Beijos!

gisellepitty disse...

é...estou sem palavras na minha boca grande e cheia de dentes.

Luifel disse...

Rapaz,

Eu penso que essa solidão é um mal atual... Mas cabe a nós transcender esse fato. Cabe a nós tentar transcender isso, deixando-nos conhecer, desvendar, amar...

Abção!

PS: desculpe pela ausência, final de ano na facul é meio foda!

Anônimo disse...

passo por essa coisa todo dia... de solidao...
estou ate entrando num esquema de eliminatorias.
elimino, literalmente, pessoas da minha vida. e diarimente tmb, com essas pessoas que eu nem conheço...
é estranhuuu...

um dia ainda achu que vou ser fumante e mais viciada em filmes do que sou agora.

bjotas ^.^

Jcs disse...

Olá!

A LivroPronto Editora convida você, autor, para uma conversa sobre a publicação de sua obra.

Escreva para nós!
gabriela@livropronto.com.br

Um grande abraço!

Gabriela Galvão disse...

Soh ñ digo 'tamo junto, companheiro!' pq ando mt egoísta e enminmesmada e ñ qro compartilhar nem minha solidão, hahahah

Abraços e beijinhos

Anônimo disse...

Você é tãããõ fofo.

 
Olhando Pra Grama