Não tenho tido tempo, devido ao meu novo emprego. Agora tenho o dia repleto de atividades. O que sobra de mim, infelizmente, fica guardado pro cansaço.
Prometo que no próximo fim de semana, vou pegar algumas horas e responder a todos, com muita alegria no peito; prometo! rs
Agora, pra não passar em branco, vou deixar aqui um novo conto: Ian Seguiu Sua Mente.
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E então, Ian; sente-se resignado? Correu com todas as forças, a ponto de andar sobre a água, somente para poder alcançá-la e desistes? Não obstante, alguma coisa, dentre todas as coisas, tu tiras, Ian. Tens que tirar. Precisas! Este cigarro em tua boca, Ian? É para exortá-lo? É para fazer charme? É para espantar mosquitos, Ian? Apague esta porra e acenda esta chama, camarada! Teu amor se encontra a duas quadras! Nem ferir teus pés, tu vais, Ian; acorde!
- Ninguém espera de mim, mais do que ando fazendo. Ela pode ter tudo, mas a mim, não mais. Eu só tenho tudo que quero, por não querer droga nenhuma. Nunca perco nada, porque não tenho nada. Nem disputar eu disputo – exceto comigo mesmo. Vou continuar aqui e esperar, até que ela entre, passe por aquela maldita porta e só saia de lá com os devidos pontos finais. Cansei de vírgulas! – Ian respondia sua consciência.
Ora Ian, o que é que te custa?! Não há nada aprazível nesta desistência mórbida, meu camarada! Vá lá! Vá lá! Chute aquela porta e grite! O fundo destes copos, você já conhece muito bem! O teu coração, pra ti mesmo, é, ainda, mistério, homem. Vamos lá que eu te ajudo; te digo o que dizer, irmão. Somos a mesma pessoa! Chapéu na cabeça; bata o pó da espádua. Entre lá e lhe diga! Vá!
Lá em cima uma cruz, cá em baixo esta porta. Tomastes a atitude certa, camarada. Chute a porta! Chute a porta!
- Valéria, desça daí! Esse verme não te merece! – Ian arrebentou o pé na porta da Igreja, e já entrou gritando suas dores. Valéria estava casando-se com Márcio, seu psicólogo; agora noivo. A igreja toda, escandalizada, olha para ele e, apenas, se ouve o som incessante dos olhares tensos.
- Ian, por favor, você não tomou seu remédio?! Esta é a quarta vez que nos interrompe! Desculpem-me, pessoal! Daqui a dez minutos a gente retoma! Dez minutinhos. – Após as palavras, Valéria caminhou estressada na direção de Ian e o advertiu, o beijou, o colocou num taxi e voltou para o trabalho. Ian, sempre que deixa de tomar o remédio, enche a cara e interrompe as gravações de Valéria. Mas até que eles formam um belo casal. Valéria costuma dizer que não troca ele por nada. O amor supera até a esquizofrenia; toalha molhada em cima da cama e lata de cerveja manchando a mesa, são as únicas coisas que fazem Valéria pensar em divórcio.
;)
20 comentários:
Me lembrei do conto popular que costumo contar para os meus alunos, em que se levanta a discussão sobre se o marido deve ou não continuar com a esposa, depois que descobre que ela era uma bruxa... Até hoje, ninguém disse que não. Mas quem ia morar com a bruxa, isso era o que eu queria saber.
O amor talvez supere o que parece insuperável...
Adorei tua crônica...parabéns
beijoca
rs - Não consigo conter o sorriso em meus lábios e olhos enquanto leio teus contos.
Tá desculpado, rs
Beijos e BOA SORTE em seu novo emprego!
A-do-rei o conto! Muito bom mesmo! Finais que mudam todo o decorrer da história são sempre mais interessantes, e você fez isso maravilhosamente!
Está desculpado, mas continue a escrever mais contos, fazem falta nesse universo blogueiro. :)
Beijos
Cara, eu sou partidário de que o amor supera tudo, mas que as pessoa devem fazer um esforço pra ser melhor...
Essa sua personagem Valéria é uma heroína velho... é desses herois q vive a humanidade, verdadeiros...
Abçs e tá desculpado do desaparecimento hehe
Boa sorte no trampo novo!
Precisa de muito mais que amor pra agüentar essa situação. Gostei do post, mais uma vez.
Bem, é o inexplicável amor.
Boa noite.
Ora, ora... novo emprego... Parabéns e boa sorte!
Há quase 3 semanas comecei meu novo emprego também. E estou na mesma que você, sem tempo. Isso mata!
Eu tenho agonia daquela escultura que na imagem... Lembro que quando estava lendo no jornal sobre a exposição em que ela estava eu não conseguia olhar para a foto... HAHAHAHA
Adorei mais esse conto! Bjs
Puella
..sobre o mistério do eu lírico:
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."...Fernando Pessoa
+ bjs.
Puella
Puella, você tem um endereço eletrônico ou blog?
há, cara, me surpreendeu...vc sempre me surpreende.
num tem quem não sorria ao final dos seus contos...extremamente inspirados e inspiradores...tô com vontade deescrever crônica tbm só pra tentar sentir o que vc deve sentir em cada texto que brota de vc...
acho divino seus contos, sempre tem algo a desejar *-*
Ian era um louco de amor!
Por incrível que pareça consigo entendê-lo. Valéria tornou-se a "esposa mãe apaixonada". E também consigo entendê-la perfeitamente, porque por vezes sou um pouco "Ian", noutras um pouco "Valéria".
Você como sempre ótimo no que diz!
Muito boa sorte no novo emprego!
Acostumemo-nos com a tua eventual presença, aos fins de semana!
Grande beijo!
Ian doido mas muito amado pelo visto. ;)
se não fosse o amor hein!
adoro vir aki!
abraços
O mundo do trabalho abduziu meu escritor contemporâneo preferido, foi...
Boa sorte nessa nova fase!
Qdo tiver tempo, poste... afinal, é sempre bom passar por aqui!
abçs
Adoreiiiiiiii, adorei o conto, a forma como escreves, tudo.... ADOREI...
Achei teu link no Blog Dahora, e resolvi que vou te linkar tambpem, pra ver se passo mais dias olhando pra grama... hahahaa
Beijos, bom resto de semana
Nossa!!!! que massa esse post, cara!
me surpreendeu mesmo! ^^ e me fez pensar mais ainda que quando queremos, realmente conseguimos superar qualquer coisa.. mesmo!
Boa sorte no emprego!
=*
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